Espero
De
repente não sou mais tão importante.
Tudo
o que é meu pode esperar.
Há
alguém em minha volta, que precisa de mim o tempo todo. Esse ‘alguenzinho’
chegou e ocupou tudo o que existe, tudo ao meu redor.
Poesia,
beleza, entrega, amor incondicional e um enorme e constante cansaço!
A
cabeça divaga nos momentos de sono e tantos sentimentos se misturam.
Saudade
da barriga, vontade de voltar ao trabalho e produzir, medo de que algo dê muito
errado e que de repente esse bebezinho recém chegado não esteja mais aqui.
Vontade que o tempo voe e o faça crescer logo.
Ansiedade
para descobrir como ele será mais velhinho (com oito meses, por exemplo), seus
primeiros passos, sua falinha, seu jeitinho único...
Soneca
de exaustão. Acordo num salto. Mamar de novo.
Mãe
– sou mais uma de tantas no mundo.
Espero
ser o suficiente para o meu pequeno.
Espero
estar aqui até muito tempo mais pra frente.
Espero
vê-lo menino – adolescente – jovem – um homem.
Espero
que ele seja feliz nesse trajeto.
Espero.
Hoje espero tanto! Espero tudo!
À
espera do futuro. Espero ele dormir, acordar, espero a próxima mamada, a outra
troca de fralda. Espero acertar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário