O Voadeira Estradeira nasceu um blog sobre viagens (período incrível!). Depois se tornou um breve diário pré-casório e compartilhamentos sobre a maternidade. Agora ele se transformou em meu principal projeto: criação, produção e estudo de literatura. Muito bem-vindos!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Doses literárias I

Começo agora, assim mesmo sem avisar, o Doses Literárias, onde vou publicar trechos de textos que me tocaram de alguma forma. 


Segue o número 1, outra faceta de Ruth Guimarães, a poética: 

"Um dia eu serei marinheira no mundo, quando não sei, por que não sei. Há barcos de muito jeito. E se não for de outro modo, vou no barco do esquecimento, marinheira no mundo, nesse mesmo eu vou. Talvez entre algas, talvez entre luas e plumas. Os peixes passarão diante dos meus olhos abertos. E oceanos de silêncio se erguerão de todos os lados intransponíveis. Estarei viajando para onde ninguém me alcança, marinheira no mundo". RUTH GUIMARÂES, 2014.

Fonte: Trecho extraído da Revista Mulheres e Literatura – vol.15 – 2º Semestre - 2015, do Texto RUTH GUIMARÃES – UMA VOZ DE MUITAS VOZES, do professor  Severino Antônio. 

sábado, 28 de janeiro de 2017

Tenho um projeto novo... que tal?


O projeto: um livro novo. 
A ideia é simples e surgiu da minha própria experiência, também  inspirada pelo livro Crianças francesas não fazem manha, de Pamela Druckerman, que estou terminando de ler.
Fazer um livro sobre o primeiro ano do Miguel, as maravilhas e desafios desse período tãoooo especial. 
Expectativas X frustrações
Pós-parto
Amamentação
Baby blues
Solidão
Neuras
As primeiras febres e doenças
Volta ao trabalho
Crises...
Isso e mais um pouco, em parceria com uma super pediatra neonatal. 

É que sempre que vejo uma grávida prestes a dar a luz penso: "Preciso avisá-la!", mas acho que é um pouco estranho alguém chegar e desabar tantas histórias e experiências que ainda não fazem sentido. 
Mas, é que sempre que via uma mãe experiente pensava: "Porque ela não me avisou?"
Enfim, para resolver a questão, eis o novo projeto! Que tal? ;) 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Água Funda - Romance

Terminei de ler Água Funda, de Ruth Guimarães agora em janeiro.

Conheci D. Ruth em 2001, enquanto trabalhava no TCC sobre o Rio Paraíba do Sul, para a finalização do curso de Jornalismo. Sabia de sua importância na literatura, lia suas crônicas, suas pesquisas folclóricas. Ela foi personagem do livro-reportagem, se tornou uma amiga, conselheira literária, editei um livro dela, adaptei para o teatro um conto popular que ela escreveu, um dia ela se hospedou em minha casa para fazer uma palestra em São José. Fui visitá-la quando estava bem doente em Cachoeira Paulista. Tínhamos outro projeto juntas: editar uma seleção de suas crônicas que ela escreveu para o então jornal Valeparaibano (era para eu fazer a selação, ordem dela!), não deu tempo, não consegui a verba para a publicação. Em maio de 2014 ela faleceu (menos de um mês antes para seu aniversário). Quando ligava para ela, antes do tchau ela dizia: Te amo Karina!
Eu dizia: Eu também!

Mas, apesar de tanto tempo de convivência só fui ler seu romance Água Funda esse ano. E, meu Deus! Seu romance de estreia, teve a primeira edição em 1946, e a colocou na elite literária brasileira pela crítica, como Antonio Cândido, que escreveu o prefácio para uma das publicações.
Sua narrativa foi comparada à de Guimarães Rosa e seu romance ao Macunaíma, de Mário de Andrade....
A vida simples nos cafundós do sul de Minas que esbarra com as paragens valeparaibanas ganha poética, profundidade, incrível força narrativa. Como  não sofrer com o triste fim de Carolina e com a sina de Joca... acompanhar a vida rural em sua essência, por dentro, sem estereótipos, sem um tom 'pitoresco', narrativa que cativa, prende, faz sofrer, encanta. Demorei tanto tempo para lê-lo, obra de gigante! Gostaria de poder falar com ela sobre seu romance e expressar meu maravilhamento, saber como foi seu processo criativo (quando ainda era uma menina!), enfim, abrir a cortina entre autor e obra, fazer conexões... ou talvez olhar pra ela e sorrir, ou tremer em mostrar a ela qualquer um dos meus textos, ou então só admirar seu jeito tranquilo enquanto caminhava pelo quintal de sua casa, cheio de plantas e histórias. 

Quem me emprestou o livro foi a Rita Elisa, simplesmente a primeira edição, autografada e tudo!

Segue um trecho:

"A gente passa nesta vida, como canoa em água funda. Passa. A água bole um pouco. E depois não fica mais nada. E quando alguém mexe com varejão no lodo e turva a correnteza, isso também não tem importância. Água vem, água vai, fica tudo no mesmo outra vez". 

Não fica no mesmo não Dona Ruth! De jeito nenhum!
Muito obrigada! :)






quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Olhar de Alice


O novo projeto de espetáculo do Grupo Caixa de História é o Olhar de Alice, com previsão de estreia para maio de 2017. Estamos mergulhando no universo de Lewis Carrol e fazendo conexões com o mundo contemporâneo. O que na personagem de Alice e na voz de Carrol ainda ecoa para nós hoje? Muitas perguntas, referências, montagem em teatro é assim, uma investigação, um pulo no escuro, uma grande viagem compartilhada...

A edição ilustrada e comentada da Ed. Zahar é maravilhosa e vale muito a pena. O texto é um clássico, daqueles que seguem falando com a gente séculos depois. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

De árvores

Dois versinhos de árvores nessa tarde nublada. 
Tem alguma história com árvores?
Compartilhe! Fique à vontade!



Paina

Paina cobrindo o chão
Tapete de algodão
A rua é minha casa
A calçada o meu colchão. 



Ipê

E o ipê colorido, tão desinibido,
Forra o chão sem perguntar
Não importa se grande ou pequeno
Quer o mundo enfeitar
Vai ipê florido!
Alegra a nossa história
Que as suas cores
Fiquem todas na memória. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

E o novo ano chegou...

O ano novo chegou...e agora?
Hora de ação. Hora de colocar em prática as listas e planos elencados no papel.
Dia 2 de janeiro! O ano inteiro pela frente! Mas, algo importante precisa mudar, completamente...
Projetar é maravilhoso, mas chega uma hora em que precisamos mudar a prática.
Não há lista de ano novo que resista a dias sem ações efetivas.
Sinto que algo em mim ainda precisa mudar.
Quero muitas coisas esse ano. Muitas mesmo! Mas para isso preciso ligar a chave da ação.
2017 você chegou!!!
O desafio está lançado.
E, sabe de uma coisa, o meu maior desafio esse ano é vencer a mim mesma.
Sim, há muito trabalho pela frente...

E você? Qual sua maior dificuldade na hora de mudar?
Vamos tentar juntas?
Feliz Ano Novo para nós!

;)

Vem 2017!!!

Com os olhos no futuro, penso no que fiz no ano que passou. E projeto outros planos para o que ainda não chegou.
Somos o que plantamos.
Vivemos o que semeamos.
E, muito além de projetar, algo simples aprendi:
Sonhe, planeje, mas, para o futuro que desejas, uma coisa só fazei:
Aja! Simples e corajosamente.
Transforme suas palavras em ações, suas metas em decisões.
Esqueça os grandes jardins, empenha a sua força à apenas uma flor.
Regue-a todos os dias que o nosso Deus grandioso, de sua singela ação se alegrará.
Sim, Ele ama os corajosos.
Dê seus passos, pulos, saltos e, com acontecimentos e ousadia, escreva mais uma parte de suas história.
Vem 2017!